"Certa vez eu estava falando em uma igreja na Califórnia, e, após o culto, uma senhora se aproximou, aprosentou-se e ao seu marido, e em seguida me narrou o seguinte fato,
Orando durante muitos anos pela conversão do marido, sempre pedindo a Deus que tocasse no coração dele, dando-lhe vontade de ir a igreja com ela. Essa irmã frequentava uma igreja muito espiritual e avivada. Em quase todos os cultos ocorriam conversões, ou crentes faziam reconsagração de vida. E ela pensava constantemente:
"Se meu marido pelo menos viesse à igreja comigo, tenho certeza de que ele se converteria."
Mas ele nunca queria ir à igreja, e permanecia incrédulo. Essa irmã se sentia profundamente frustrada, sem entender por que Deus não atendia suas orações.
No ano anterior , eu havia pregado em sua igreja, e ela adquirira as fitas das mensagens. Chegando em casa falara delas ao marido com grande entusiasmo, sempre orando na esperança de que ele também fosse à igreja ouvir o ensino da Palavra de Deus.
Certo dia, ele lhe fez a maior surpresa, dizendo-lhe que havia entregado o coração ao Senhor Jesus. Enquanto ela estava na igreja, ele ouvira minha série de fitas sobre orientação divina e se convertera. Agora desejava conhecer a profunda comunhão com Deus e a plena realização pessoal de que ouvira falar nas fitas.
Em seguida, o marido me contou que agora estava cultivando a comunhão com o Senhor diariamente - buscando a sua face, ouvindo sua voz e obedecendo a sua palavra.
E a principal lição que aquela irmã aprendeu foi que, quando orara a Deus ditando-lhe a forma como ele deveria salvar seu marido, sem o saber, estivera dificultando o processo.
MOTIVAÇÕES ELEVADAS
Outro fator que pode impedir que recebamos a resposta de nossa intercessão por um ente querido que não conhece a Deus é a intenção com que o fazemos. Muitas vezes nossa principal motivação em orar por aquela pessoa é a idéia de que se ela se converter nós seremos mais felizes.
Nesse caso, precisamos pedir a Deus que corrija nossa atitude, de modo que a petição em favor da salvação desse ente querido seja inspirada por um sicero desejo de que o nome de Deus receba toda a glória, endependente o que isso possa custar a nós ou àquele por quem oramos.
Assim que começarmos a orar dessa maneira, Deus nos submete a provas. Mas aqueles que conhecem o caráter dele sempre passam no teste,
LIÇOES QUE PRECISAMOS APRENDER
Quando submetemos nossa vontade à Pessoa do Espírito Santo, e obedecemos à sua voz, ele dirige o foco da atenção primeiramente para nós, Deus deseja que lhe perguntemos:
"Que lição o Senhor quer ensinar-me nessa situação? Aprendê-la é bem mais importante para mim do que ver o problema resolvido."
E depois podemos orar assim:
"Senhor, se o adiamente do meu pedido trouxer mais glória ao teu nome, então está bem. Opera em minha vida o que for necessário para que eu possa aprender a orar corretamente pelos perdidos."
Quem ora assim demonstra que esta mesmo disposto a fazer o que Deus determinar. E é a esses que Deus atende.
UMA ENTREGA TOTAL
Quando temosum desejo intenso de que Deus seja glorificado, dezemos o mesmo que Paulo: "Segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte" (Fp 1.20).Então, se pela minha morte meus entes queridos que ainda não são salvos irão conhecer a Deus, estou disposto a morrer. A salvação da alma deles me é mais importante que a vida.
Isso é que é autonegação plena.
Em seguida temos de abrir mão deles também.Precisamos orar nos seguintes termos:
"Senhor, se for da tua vontade que eles se salvem e logo em seguida sejam levados para o céu, e se com isso o teu nome for mais glorificado que assim seja".
Orando desse modo estamos removendo também a intenção egoísta.
Só quem de fato tiver no coração um grande peso pela alma dos perdidos será capaz de orar da seguinte maneira:
"Senhor, faz o que for necessário para que eles rendam o controle de sua vida interamente a ti - mesmo que seja uma enfermidade, ou uma lesão temporária ou permanente."
E será que estamos preparados para recebera resposta desse pedido? Deus tem poder para atendê-lo. Ele quer operar em nosso coração de modo que o anseio de que os entes queridos acertem a vida com o Senhor supere nosso desejo de bem-estar-físico- para nós ou para eles. Precisamos estar dispostos a orar do seguinte modo:
"Senhor, use qualquer pessoa, de qualquer lugar, em qualquer circunstãncia, para que essa alma perdida venha ao conhecimento de Cristo."
Ou será que temos preconceitos (talvez dissimulados), com relação a indivíduos que preferíamos que ele não usasse:
Além disso, precisamos deixar nas mãos de Deus tudo que diz respeito ao futuro deles. E a oração que faremos é a seguinte:
"Senhor, se depois de convertidos tu os chamares para serem missionários em outro país, e lá eles forem mortos por amor a ti, e eu nunca mais voltar a vê-los, que assim seja. Eles estão em tuas mãos tanto agora como no futuro."
A PROVA SUPREMA
É possivel que tenhamos feito todas essas orações a Deus, mas nunca tenhamos aberto mão daqueles que nos são mais caros e a quem mais amamos para que, pela morte deles, aquele que não é salvo venha a converter-se. Quando chegamos a esse ponto, reconhecemos, sem a menor sombra de dúvida, que estamos cem por cento comprometidos com a glória de Deus, e sentimos pelos queridos por quem oramos um intenso interese dado por Deus. Isso implica em pegar nosso Isaque ou Isaques e coloca-los num altar sobre o monte Moriá. Eu conheço essa experiência. Já passei por ela. É a prova suprema, pois sabemos que Deus pode aceitar nossa palavra, o que significa que perderemos um amigo, esposa, esposo, filho ou pais.
Mas nós só teremos condições de fazer esse tipo de oração depois que conhecermos bem o caráter daquele a quem estamos orando. Para isso, precisamos estudar sua Palavra a fim de compreender cada faceta de seu caráter, e obedecer a tudo que ele odenar.
Tudo que Deus faz acha-se em harmonia com seu caráter . Ele é absolutamente reto e justo; possui sabedoria e conhecimento infinitos. Sua compreensão é insondável, e seu amor, profundo. Podemos confiar nele pelo que ele é, sabendo que tudo que ele fizer será para o bem supremo de todos os interessados.
(fim da primeira parte)...continua
sábado, 23 de janeiro de 2010
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